Medo ou fobia? Quais as diferenças para o corpo e a mente e como tratá-los?
- Debora Wiseman
- 1 de nov. de 2022
- 3 min de leitura

O que alimenta o medo?
O medo é criado dentro das nossas mentes e, por mais que tentamos evitá-lo ou ignorá-lo, muitas vezes, não conseguimos acabar com ele. Isso acontece porque a crença que alimenta esse sentimento não foi mudada.
A fobia é diferente do medo, apesar de possuírem algumas características semelhantes. Enquanto um é uma reação natural do organismo, o outro é uma que atingiu níveis desproporcionais. Devido à sua intensidade, pode causar sofrimento ao indivíduo e reduzir a sua boa qualidade de vida no seu dia a dia.
Medo ou fobia? Principais diferenças
Quando sentimos medo, o corpo entra em modo de “lutar ou fugir”, preparando-se para responder a uma ameaça ou perigo. Existem várias maneiras de senti-lo. Por exemplo, quando sabemos de sua característica destrutiva, sentimos medo de perder algo ou alguém. Neste caso, o sentimento é alimentado por um conhecimento prévio adquirido através de fontes externas.
Existe também o medo oriundo do trauma. Se ocorreu algo na infância, pode carregar a apreensão em relação ao ocorrido por um longo período ou pelo resto da vida.
Outra forma de desenvolver um medo é através do aprendizado com terceiros. A criança que vê a mãe reagir com temor a uma barata, por exemplo, pode ter o mesmo medo.
Por fim, existe o medo do desconhecido. Tipicamente, está relacionado por exemplo ao futuro. Essa reação natural é positiva até certo ponto. Sem ela, as pessoas provavelmente colocariam suas vidas em risco através de atos perigosos. Quando o medo ganha proporções exageradas, contudo, dá origem à fobia.
Então, esta é caracterizada como um medo intenso e aterrorizante, o qual aparece diante de acontecimentos, objetos ou animais considerados não ameaçadores. Clinicamente, é classificada como um transtorno da ansiedade.
Sintomas mais comuns para identificar medos e fobias:
* Ansiedade extrema;
* Tremores;
* Náusea;
* Tontura;
* Suor intenso;
* Palpitação;
* Taquicardia (aceleração cardíaca);
* Falta de ar (ou sensação de não conseguir respirar);
* Fraqueza;
* Palidez;
* Mal-estar em geral.
Sintomas Emocionais e Comportamentais
* Sensação iminente de morte;
* Medo de perder o controle;
* Medo de ataque cardíaco, sem motivos para tal;
* Medo de vomitar em público ou de ter dor de barriga, mesmo que não tenha qualquer razão fisiológica;
* Evitar dirigir ou medo de enfrentar trânsito;
* Medo de lugares abertos ou fechados, de multidão, de sair desacompanhado;
* Sensação de estar “enlouquecendo”.
* Evitar lugares específicos como padaria e restaurantes, principalmente se já ocorreu algum ataque nesses locais;
Entre outros.
Quais doenças o medo e a fobia podem causar?
Essas situações podem ainda causar sintomas físicos, como falta de sono, taquicardia, dor de cabeça, aumento da pressão arterial e alergias e problemas na pele, que, com o tempo, podem virar doenças como hipertensão e diabetes.
Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias
1. Exposição ao que é temido;
2. Técnicas de relaxamento;
Treino de habilidades sociais – que podem ocorrer na sessão através de ensaios comportamentais e/ou fora da sessão (tarefas de casa). O treino pode reduzir a ansiedade no confronto interpessoal nos casos de fobia social.
3. Tratamentos Indicados
Tanto o Medo e Fobia são condições complexas que só podem ser diagnosticadas por um profissional qualificado.
As opções de tratamento incluem psicoterapia realizada por psicólogo, medicamentos (sempre prescritos por um médico) e técnicas de terapias alternativas..
Seguem abaixo algumas dicas valiosas
* Aprender a ouvir as suas próprias emoções: Preste mais atenção em você, e aí, tomará consciência de que precisa de uma mudança;
* Aceitar que o processo é doloroso. O sofrimento é normal, faz parte, mas não dura para sempre. O processo de de recuperação demora algum tempo e precisa de fé, força e muita paciência;
* Aceitar que há altos e baixos, e não se esquecer que existem inúmeras formas de ultrapassar os dias ruins, eles são passageiros;
* Não reprimir as emoções, fale sobre o que está sentindo com pessoas de sua confiança, ou procure apoio terapêutico;
* Fragmente os problemas, ou seja, vá tomando decisões progressivas: quando assumimos o controle e começamos a tomar decisões, por mais pequenas que sejam. Ficamos mais fortes e o nosso cérebro ativa o modo resolução de problemas;
* É necessário e fundamental a ajuda e orientação de médicos e terapeutas competentes.
IMPORTANTE: Somos Terapeutas Holísticos e o nosso tratamento é
alternativo. Mesmo apresentando resultados satisfatórios é fundamental frisar
que somente médicos devidamente habilitados, podem diagnosticar doenças,
indicar tratamentos e receitar remédios.
Tudo de bom!
Até a próxima semana
Shalom!
Debora e Daniel Wiseman
Comments