Relações tóxicas e abusivas
- Debora Wiseman
- 19 de jul. de 2022
- 4 min de leitura

As relações são fundamentais, precisamos uns dos outros e não podemos ficar isolados. Elas são necessárias para o nosso equilíbrio e bem-estar. Porém, existem relações que podem trazer mais malefícios do que benefícios. Estamos nos referindo às relações tóxicas e abusivas.
Como você identificaria uma relação, seja ela qual for, se é saudável ou não? Consegue ver quando a sua relação com alguém passou de algum limite? Trata-se de vínculos emocionais fortes, sejam eles amorosos, fraternais, profissionais ou familiares, muitas pessoas têm dificuldades de identificar se estão vivendo uma relação tóxica ou, pior, abusiva. Em ambos os casos, não é fácil se libertar e sempre trazem prejuízos para um ou ambos os lados envolvidos.
O que é relação tóxica?
Ocorre entre pessoas que não se apoiam, possuem situações conflitantes e acabam perturbando uma à outra, marcada por competição e desrespeito, entre outras características negativas e prejudiciais. Essas relações tóxicas não têm necessariamente de ter um culpado e uma vítima, mas trata-se de um círculo vicioso em que ambos fazem mal um ao outro.
Será que você está vivendo uma relação tóxica? Identifique os sinais:
* Predomínio dos momentos negativos da relação do que os positivos;
* Predomínio de emoções densas (tristeza, ansiedade, raiva, confusão);
* A relação suga demasiada energia;
* Constante instabilidade e "tempestade" na relação;
* Mudança de hábitos positivos no cotidiano em prol da relação tóxica, como: afastamento social, abandono de hábitos ou interesses que antes se tinha.
* Muitas vezes a culpa e a vergonha acompanham este tipo de relações, porque a pessoa se sente culpada ou envergonhada da frustração da derrota, por não ter conseguido uma boa relação com essa pessoa, faz com que a relação se torne ainda mais tóxica e cause ainda mais emoções densas.
Consequências para quem vive uma relação tóxica:
* Baixa auto estima;
* Estresse;
* Trauma;
* Medo e insegurança;
* Ansiedade e depressão;
* Solidão;
* Dores e problemas crônicos;
* Insônia e pesadelos;
* Problemas de concentração;
* Crise física, emocional, familiar, social e profissional.
* É importante salientar as diferenças entre relação tóxica e abusiva
Para o psiquiatra Maurício Leão Rezende, diretor da Associação Mineira de Psiquiatria, "A diferença entre uma e outra está na intensidade dos danos e nas consequências que cada uma delas pode causar no dia a dia de quem vive a relação, especialmente na parte mais vulnerável."
Já o relacionamento abusivo, de acordo com o médico-psiquiatra, traz consigo uma intencionalidade na relação, onde um existe para satisfazer as necessidades e os desejos do outro. “Isso acontece quase sempre por meio de ameaças e intimidações, cujo objetivo é sempre submeter o outro”, diz. Para o médico há uma diferença clara entre os dois tipos de relação: “penso que o relacionamento tóxico é um adoecer da relação, já o abusivo trata-se de uma relação de poder, onde quase sempre se extrai algum ganho”, avalia.
Sinais do comportamento abusivo:
* Controla outras relações;
* Controla a aparência;
* Controla tudo em seu cotidiano, desde as redes sociais até suas relações.
As relações tóxicas têm solução?
Podem existir duas soluções perante as relações tóxicas: transformá-las numa relação saudável ou abandonar a relação.
Será possível transformar relações tóxicas em relações saudáveis?
Em alguns casos sim. Claro que quanto mais tóxica a relação é, mais difícil ser mudada. Para isso é necessário os elementos envolvidos estarem conscientes dos problemas existentes e dispostos a trabalhar no desafio para a relação melhorar. No fundo, mais do que transformar relações tóxicas em relações saudáveis, trata-se de construir novas relações e novas dinâmicas relacionais.
Seguem abaixo algumas dicas valiosas para ajudar a recuperar o amor próprio e a abandonar as relações tóxicas:
* Aprender a ouvir as suas próprias emoções: Preste mais atenção em você, e aí, tomará consciência de que precisa de uma mudança;
* Quebrar o isolamento: reconecte-se com as suas relações antigas e/ou faça novos amigos. Quebre o isolamento e conte com o apoio de pessoas que gostam de você e que te valorizam.
* Aceitar que o processo é doloroso: quase ninguém termina uma relação e fica feliz e contente. O sofrimento é normal, faz parte, mas não dura para sempre. O processo de luto e de recuperação demora algum tempo e precisa de fé, força e muita paciência;
* Aceitar que há altos e baixos, e não se esquecer que existem inúmeras formas de ultrapassar os dias ruins, eles são passageiros;
* Não reprimir as emoções, fale sobre o que está sentindo com pessoas de sua confiança, ou procure apoio terapêutico;
* Mude a sua perspectiva sobre as relações, o respeito e o amor, compreendendo que o amor não é sinónimo de sofrimento, e que o respeito deve ser a base de qualquer relação;
* Não tente encontrar constantemente justificativas.
* Fragmente os problemas, ou seja, vá tomando decisões progressivas: quando assumimos o controle e começamos a tomar decisões, por mais pequenas que sejam. Ficamos mais fortes e o nosso cérebro ativa o modo resolução de problemas;
* É necessário e fundamental a ajuda e orientação de médicos e terapeutas competentes, com o objetivo de ajudar não só a sair da relação e a fazer devidamente o "luto", mas também poderá ajudar em casos em que estar em relações tóxicas já se tornou num padrão da pessoa.
Lembre-se: em relação ao respeito e amor, antes de tudo sempre o próprio!
IMPORTANTE: Somos Terapeutas Holísticos e o nosso tratamento é
alternativo. Mesmo apresentando resultados satisfatórios é fundamental frisar
que somente médicos devidamente habilitados, podem diagnosticar doenças,
indicar tratamentos e receitar remédios.
Tudo de bom!
Até a próxima semana
Shalom!
Debora e Daniel Wiseman
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